terça-feira, 3 de maio de 2016

Alabamiando

Então...
Foi um ano de Alabama.
Por onde começar?

Teve de um tudo. 
Vamos começar pelos estudos e adaptação escolar.

Adaptação complicada da baby2 na escola. Uma dor de cabeça sem fim os primeiros meses. Não é facil. Nunca é... ainda mais com outra lingua, cultura, costumes. Faz parte. 
Ela enfrentou o colégio americano e ainda o colégio militar por correspondência, para não perder a turma dela no Brasil.  No início foi um horror, mas tenho que dizer que fomos ultra bem recebidos por toda escola. Fizeram de tudo pra ajudar, inclusive quando ela sentiu que estava sofrendo bulling. Não foi nada do outro mundo, vendo agora. Mas na época ela pirou. Os colegas não conseguiam falar o nome dela e resolveram adaptar para o Inglês. De Raphaella para Ralph. Ela escutava Half, ou seja, metade e achava que eles estavam chamando ela de "meia pessoa" ou algo assim... imagina a confusão. 
Pra piorar a professora de ELS (ingles como segunda lingua, apoio para os imigrantes) achava o nível de ingles dela mais do que o suficiente pra enfrentar as aulas, então... nada de reforço extra. Posso reclamar da profi? Não!!! Uma senhourinha fofa, linda e falante. Se colocou a disposição pra dar aulas extras durante todo o verão pra baby2 não perder a fluência nas férias. Enfim, os americanos em geral, todos fizeram o possível pra nos receber bem, praticamente nos colocaram no colo. 

Rolou muita ansiedade até as férias de verão chegarem em maio. Depois das férias, milagre total... ela voltou pro colégio como se tivesse estudado lá all life, toda enturmada e feliz. Pooooode?
Sim, pode. É assim mesmo, todos os 6 primeiros meses num lugar novo é assim, se for em outro país pior ainda. Como disse, faz parte. Em final de outubro o choro era porque ela não queria ir embora  e deixar os amigos, a escola, a América para trás. 

Voltamos em final de janeiro. Sabe qual foi o maior choque? Ela voltou pra mesma escola de antes, sem perder o ano, pois fez o ensino à distância, correto? Tudo certo, tudo direitinho pra não ter problema.... Ah, bobinhos! Teve problema sim. Ela foi obrigada a fazer um teste de nivelamento para o ano dela,  até aí ok. E, o absurdo dos absurdos!, só pode entrar na sala de aula DEPOIS do resultado do teste e da chegada da documentação dela. Exatamente o oposto dos Estados Unidos. Lá, mesmo com a documentação incompleta (faltava o blue card - cartão de vacina e outros docs), tivemos que pedir pra elas começarem as aulas no dia seguinte, pois se dependesse da diretora da escola ela já estaria na sala de aula enquanto nós, pais, estávamos preenchendo os documentos. Prioridade número um deles: criança na sala. Nossa prioridade? Cadê a papelada. Poizé, seu Zé. 

A escola dela? Um sonho. Faz o Colégio Militar de Brasília (que tem uma mega estrutura) parecer um nada perdido no meio do nada. Ginásio de esportes de fazer corar de vergonha o Maracanazinho. {Lembram que estava no interior do Alabama, um lugar considerado caipira e atrasado pelos próprios americanos?}Tudo de bom e mais um pouco. Educação exalando por todos os lados. Pensa se tem uma criança correndo ou gritando pelos corredores limpos, coloridos, lindos? Nem uma... Todo dia tem o juramento da bandeira americana, todos param onde estiver, colocam a mão no coração e juram olhando pra ela... sim, tem bandeira em todo lugar. Aulas de primeira, em todos os níveis. Se vc quiser estudar e aprender, o céu é o limite. Se não for ligado aos livros, ok, no problem..., vai fazer o básico e completa seus horários com algo que te interesse e seja útil, como marcenaria, fotografia, filmagem, esportes, cozinha, etc. São 7 matérias por dia, todo dia. Educação física é obrigatória, inglês e matemática (em algum nível) também, o resto, preencha como quiser. Cada um é responsável por si mesmo, e isso é ensinado desde pequeno. Sua vida, sua escolha, seu problema. 

É um choque total de comportamento e realidade. Nunca vi uma marcação tão grande, se por ex., ela tivesse que sair mais cedo, eu tinha que ir lá e justificar. Ok, normal. Mas naquela mesma noite, sem falta receberíamos um telefonema da escola informando que ela saiu da aula mais cedo. Motivo? Não sei, mas nunca vi esse tipo de cuidado em nenhuma escola onde minhas filhas estudaram antes. Tudo fora do padrão que acontecesse com um aluno dentro da escola era na mesma noite re-informado via telefonema para os pais. Válido, se pensar em caso de pais que vivem separados ou que não estão muito por dentro da vida do filho.


Enfim... 

Haja lenço pra tanto drama, antes, durante ou depois.

oi, mundo!

voltei
que horror... só tem propaganda de emprestimo ou coisa pior nos comentários, tsc tsc
culpa minha que deixei essa bodega aberta e abandonada



tentando destravar os dedos e botar o teclado em ação... muita coisa pra contar


blogar em 2016, pode ter algo mais fora de cabimento?

sexta-feira, 15 de maio de 2015

No Alabama (6)

Momento Fairy Tale.

Bem, sabe aquele momento em que seu quintal vira uma filial da Disney com passarinhos azuis cantando e coelhinhos fofos pulando. Pois é, viventes... assim são minhas manhãs primaveris no Alabama. Claro que até agora não tinha conseguido fotografar nenhum Tamborzinho pro modi provar, mas hoje em plena tarde... ahá, consegui uma fotchinha. De péssima qualidade. Mas enquadrei pelo menos dois deles. Fofura total. Confiram no Insta. 



{O engraçado - SQN - é que já vi nos supermercados remédios pra afastar coelhinhos fofinhos dos jardins! Quem iria querer isso?!?! Povo desalmado...}


Vou continuar a espalhar mini cenouras congeladas na grama de noite... está funcionando!









segunda-feira, 11 de maio de 2015

No Alabama (5)

Ainda tem algum leitor abandonado lendo isso aqui?



Eh, foi malz aê. Sei que largei o bloguinho jogado no cantoooooo.... Sorry. Mas pelo menos tenho mantido a conta no Instagran ativa e atualizada, pra quem me segue por lá. Como se isso fosse desculpa. A verdade é que estou sem saco de escrever sem tempo, ocupada, em fase de adaptação, enlouquecendoooooooooo, enfim... tudo ok, normal. Não se preocupem. Há, tem alguém preocupado?
Não sou política pra ficar fazendo promessa, então, esqueçam... nada de juras eternas de que vou voltar a atualizar o insana. Pode ser que depois, um dia, quem sabe, volte a bater a vontade de digitar novamente e então, ok... Sem pressão. 
Mas pra não deixar vocês sem novidade alguma, vão umas rapidinhas....

1. Sim, a vida aqui é boa. E não existe nada mais fácil do que adaptar-se ao que é bom. Podem me chamar de americanizada. Estou de boas. 
2. Hunts é uma villa no meio do nada num estado que é um grande nada se vc pensar o país como um todo. Queria poder viver o resto da vida aqui. O povo é amigável, sorri e cumprimenta pela rua, e não posso me queixar de nada. MESMO!
3. Qualidade de vida. Qualidade de vida. Qualidade de vida. Nem me passa pela cabeça trancar porta de casa, carro, cansei de deixar minha bolsa (aberta!) dentro do carrinho do supermercado e ir olhar algo em outro corredor. As meninas saem pra andar de bicicleta no bairro e eu no "tô nem aí...". Dormir com todas as portas de casa destrancasdas? Sim, pode. Sair o dia inteiro e esquecer a garagem aberta? Também.
4. Semana passada pela primeira vez desde que cheguei passei uma roupa à ferro. Uma camisa. O sistema é bruto, mas funciona. Da máquina de lavar pra secar, direto. Terminou a máquina de secar, basta retirar ainda quentinha e dobrar. Em 99% dos casos é mais do que o suficiente. Quando precisa passar "de verdade", bem... continua no cabide pro dia que der muita vontade de passar roupa. Americanizei. 
5. Todos falam do tal consumismo americano. Sei lá, acho que o bicho ainda não me mordeu. Até agora nenhuma compra relevante. Exceto o sofá novo pra sala, mas isso já estava nos planos mesmo. Amo de paixão o Cosco, em janeiro comprei sabão em pó e amaciante líquido lá. Acabaram no fim do mês de abril. Sim, com 4 mulheres em casa, roupa pra lavar não falta. Impressionante a qualidade dos produtos de limpeza daqui, e a praticidade. Tudooooooooooo fácil. 
6. Nas mini-férias de primavera - Spring Break - fomos pra Nova Orleans e Pensacola. Vale um post especial à parte. Recomendo muito, especialmente NOLA, os locais chamam Nova Orleans de Nola. Demais!
7. Cara, até hoje fico procurando pixação e mendigo dormindo embaixo das pontes aqui... não me acostumei com o fato deles não existirem. Devem existir, em algum lugar... quando achar eu conto.
8. Acabou o frio, a primavera é a coisa mais linda do mundooooooooooooo. Acreditam que aparecem bebês coelhinhos e mil passarinhos toda manhã no meu quintal? Tipo fairy tale mesmo. Flores pra todo lado! Lindo demais. Especialmente depois do inverno, ver as árvores e a grama ficando verde dia a dia é o maior barato...
9. O verão promete, dia 15 agora (sexta) a piscina do condomínio abre pra temporada de verão. Ufa! Vivas!!! Hora de tirar o branco omo total. 
10. Meus pais chegam dia 2 de junho pra visitar. Mais feliz impossível. 
11. Já fizemos alguns churrascos aqui, e contra todos os prognósticos maridex conseguiu fazer um legítimo churrasco brasileiros nas churrasqueiras americanas. Maior sucesso. Os amigos estão aprendendo, outro dia o holandês fez um digno de ser chamado de "churrasco". Aliás a turma aqui é boa, demos sorte. Muita sorte. 
12. Começei as aulas de inglês no College. Melhor decisão ever. Mil causos pra contar. Tipo no primeiro dia de aula chamar a professora de sapo. Sim, imaginem o pior. Depois eu explico com calma. Ainda não sei se a profi me ama ou odeia, mas eu gostchooooooooooooooo muito dela. Muito boa. Tem que se pra me manter sentada numa sala 6 horas por dia, diretoooooooooo, três vezes por semana. Aff. 
13. Eu volto, não sei quando. Agora estou organizando a viagem de férias pra Washington e NY, pra quando meus pais chegarem. E depois tem a festa junina, dia 27 de junho, que vai juntar a brasileirada toda da região, mais os amigos internacionais, mais os amigos gringos aqui em casa. 
14. Tem hora que cansa e o trava tudo. Estou mixando português, espanhol, inglês tudo ao mesmo tempo. Não sei como o pessoal tem paciência comigo. Especialmente os americanos. São muito educados e calmos. 
15. Sim, tem hora que sinto falta do Brasil. Na verdade da família e dos amigos. E de ter uma empregada. E de uma boa manicure-pedicure. Daí lembro da situação do país, choro de dor e acaba a saudade. Podem me julgar.



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

No Alabama (4)

Prontas pra nova temporada de Ducky Dynasty.



Estar no Alabama e ir no supermercado é como entrar num episório de Ducky Dynasty, é tanta barba e camuflado que fico imaginando de onde sairão os patos voando....  Sério, na boa. Onde será que eles guardam as espingardas enquanto compram leite e pão?
Só que a pessoa aqui não resistiu e comprou os agasalhos da Realtree pras gurias. Rosa choque que é pra sacanear um pouco mais. Agora só falta agenciar elas, estão aptas pra fazer figuração no seriado. kkkkkkkkkkkkkkkk

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

No Alabama (3)

Bem... continuando sobre as escolas.

Reza lenda que faz pouco tempo (ano passado) um time de basquete americano foi jogar no Rio. E o reporter todo orgulhoso perguntou para um dos astros o que ele estava achando do ginásio (recém reformado, motivo de orgulho pra cariocada). Bem, o astro disse, com aquela sinceridade típica de americano, na lata: está ok (ele poderia ter parado por aqui, mas...) parece um ginário de middle school nos EUA. Tadim, foi execrado, chamado de metido, de isso&aquilo.
Sinceridade um dia mata, cuidado pessoas!
O ginásio (e todas as instalações esportivas) da middle school da baby 2 são melhores do que qualquer ginásio que eu já tenha visto-conhecido no Brasil. E isso inclui SIM o maranazinho-zinho-zinho.
O ginásio (e todas as instalações esportivas) da high school da baby 1 e baby 3 detonam de 1000 a 0 nas instalações (quebradas, acabadas, mal cuidadas e nojentas) da universidade que me formei: UNB, Sem mais. Não vou me estender mais por que é muito humilhante. Fatos são fatos, não vou relativizar a realidade.
Baby one voltou pra high school apesar de já ter se formado?
Yes! ALOKA.

Bem, a guria quis pq quis "ter a experiência" de estudar numa escola americana. Então tá, né... Cada doido com suas manias...
Existe aqui uma personagem que não temos na vida escolar brasileira, a "conselheira", que nada mais é do que uma especialista em educação que ajuda o estudante a montar seu quadro de aulas de acordo com suas potencialidades e interesses. Em ambas as escolas, as meninas passaram por uma conselheira antes de ir para sala de aula.

Na Middle, a conselheira era uma figura saída de cinema, super falante, agitada, sorridente, toda motivada. Lá pelas tantas mandou buscar uma menina para ser "madrinha" da baby 2 na escola. Uma outra brasileira. Mundo pequeno ponto com. Aí a figuraça da conselheira começou a pular e gritar feito uma líder de torcida: "Quem é a melhor conselheira? Quem? Quem? Quem lembrou que temos outra brasileira (no mesmo ano) aqui e que fala português? Quem é o máximo?" Agora imaginem a Whoopie Goldberg fazendo isso... juro, foi nessa vibe a entrevista com a conselheira! E, claro que ao final do show ela pediu um HI-5.
Quem não segurou o riso?
Poizé, gentem... era impossível ficar séria.
Baby 2 tinha terminado a sétima série no Brasil em novembro. Aqui, estamos no meio-fim do ano letivo (termina em maio) e por isso ela (na teoria) voltou para o fim do sétimo ano. São sete aulas diárias, sendo que educação física é obrigatória e diária. Pensamos que o resto ia ser moleza... afinal de contas todos dizem que escola americana é fácil... Qua qua quá. Outra lenda que está se desfazendo no ar. A menina está se saindo melhor do que esperávamos no inglês, tanto que nem foi preciso ir pra ESL (inglês como segunda língua). Todoooooooooooooo dia tem tarefas monstros a serem feitas no computador (que registra data, hora, etc... que ela fez ou não fez seus deveres). Claro que a maioria dos americanos já está acostumado e fazem boa parte das tarefas no próprio ônibus escolar de volta pra casa.... Comentei que tem wi-fi nos bus?  Ela faz em casa e ainda precisa da nossa ajuda, mas está indo bem.

Na High, a conselheira foi um amor, super educada (mas infelizmente não era uma Whoopie), e praticamente nos implorou para que ajudássemos ela a nos ajudar. Tadinha, ficou mais perdida que cego em tiroteio com os currículos da meninas. Baby one praticamente fez o que quis ali e a conselheira foi na onda. Entendemos o lado dela, era complicado mesmo, principalmente por ser fim do ano letivo, ela não poderia colocar as meninas em aulas anuais, apenas nas semestrais, e ainda achar aulas com vagas livres. Complicado mesmo.
Nesse dia aprendemos como funciona a mentalidade da escola. Se você quiser estudar, vai ter classe boa pra vc, basta se dedicar e dar o "seu melhor". Se você não quiser estudar, não tem problema, tem classe pra "encher linguiça", "empurrar com a barriga" e ir levando na maciota até o dia da sua formatura. Claro que existem alguma matérias obrigatórias, básicas, mas depois de cumpridas... o resto é de livre escolha do aluno. Cada um na sua, existem boas aulas, boas classes pra quem quiser ralar e levar a sério sim. Baby 1 (aloka) pegou Honors Class (e está penando) em mátemática ou física (não sei mais... desisti de acompanhar as loucuras dela), por exemplo. A matéria é tão avançada que ao fim do curso, ela faz uma prova e a matéria é contada como crédito feito na universidade.
Enfim, aquela turma de brasileiro que volta de intercâmbio dizendo que colégio americano é molinho...  pegou matérias meia boca no colégio. Quem quer estudar, estuda.

Enfim, turminha está ralando mas feliz. E se babies estão felizes, eu também estou (ser mãe é phoda).



Assim que criar vergonha na cara tiver tempo coloco fotinhas e cia pra animar o blog.
Beijokas procês!
God bless your heart! (eu, alamabiando)







segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

No Alabama (2)

Oies!

Não vou perder tempo dando desculpas pelo desaparecimento. Estava ocupada, vocês sabem. Estava sem o vaiomeu, vocês também já sabem. Vamos aos fatos.... alguns.

Quesito escola. Escola das meninas. Claro que escolhemos a casa onde estamos morando tendo em consideração a escola, foi o fator 1,2, e 39824219,8 da nossa lista de prioridades . Bairro bom, escola boa. É assim que funciona aqui, já que a criança obrigatoriamente deve ir à escola pública da região que mora (ou, claro... pode ir para uma particular a sua escolha).
O que posso dizer além de que é assustador?
Assustador como uma middle school pública no meio do nada num estado tido como atrasado (para eles, americanos) consegue ter uma infraestrutura que nós temos no Brasil em apenas algumas top escolas particulares caríssimas.
Assustador como fomos super bem recebidos, tratados com carinho e praticamente colocados no colo por todos que nos receberam nas escolas, na middle e na high school. Não me lembro de ter sido tãoooooooooo bem tratada assim em NE NHU MA escola em que minhas filhas estudaram. NUN CA. Nem mesmo nos  colégios militares em que elas estudavam (e que sempre tive como referência de boa escola pública). Cordialidade, paciência, atenção total. Numa escola pública, ou seja, paga e mantida com impostos de americanos, onde minhas filhas, estrangeiras, irão estudar sem pagar um centavo. Num estado super complicado do ponto de vista do racismo, onde existem estatísticas escola-a-escola, sobre quantos brancos, negros, latinos, asiáticos, índios e etc (sim, existe a opção etc... chama "multiracial" e foi onde fiz o X das minhas filhas), onde se tem a fama de se tratar mal os de fora...
Assustador.
Assustador ver que no dia seguinte da matrícula elas deveriam estar na escola, onde receberam computadores, livros (enormes, de capa dura, praticamente um tomo de biblioteca cada um) de graça... (paguei 25 dólares de seguro por cada computador).
Assustador perguntar sobre a lista de material escolar para a diretora e ela me olhar com cara de Whaaaaaaaaaaaaaaaaat?!?! e me responder que ela poderia trazer um lápis, uma caneta ou algo assim, mas que não era obrigatório já que qualquer coisa que ela precisasse teria na sala de aula.
Assustador...


Filhotas amando as repectivas escolas. A menor, baby 2, totalmente no céu. Eu? De queixo caído, procurando algum defeito ou problema pra reclamar. Nada até agora para reportar.



Esses americanos estão me dando medo.



(continuo depois)


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

No Alabama (1)

Então...
Babys 1,2 e 3 fazendo a Gingerbread house.
Lembram da pessoa que nasceu com a derrière virada pra LUA?
Essa sou eu, nos meus dias de glória. E, parece que eles retornaram.
Vamos começar do começo pra não complicar...
Casa, viemos mais cedo para cá para procurar casa para alugar. Cidade pequena, poucas opções nas áreas que nos interessavam... ou seja no distrito das melhores escolas. Realmente tinha pouca oferta nessa época do ano, umas seis no máximo. Entonces, gostei e aluguei a primeira. Sim, vi outras, mas a primeira era de cara a melhor em todos os sentidos. Até o ponto do bus escolar é perto. Tínhamos 4X para gastar  com aluguel e conseguimos por 3X, bom negócio em todos os sentidos. Bairro bom, seguro (de tornados), condomínio lindo, arborizado, cheio de laguinhos. Estilo: melhor impossível. American dream total.
Sobre a casa. 
Bem, a bicha é um monstro de dois andares e-nor-meeeeeeeeeeeeeeh. Sabe a casa dos sonhos? Bem, no meu caso ela é umas quatro vezes maior do que o meu sonho mais mirabolante. Na verdade minha concepção de casa dos sonhos (apê, na boa) cabe inteirinha no meu quartomega-escritóriofenomenal-banheirodescomunal-doisclosets. Meu apê inteiro de Brasófia cabe ali, e olha... o apê não era pequeno. Como disse o maridex, não é uma casa, é um hotel de luxo. Não sei se choro ou rio, afinal a camareira, mordomo, motorista e chef do hotel sou eu!
Aí a pessoa, sem empregada, toma a primeira providência: sai pra comprar um aspirador de pó. Comprei um Dyson, que disseram ser o best-the-best aspirador de pó do mundo. Quase morri pensando no $$$ gasto na Mercedes dos aspiradores, mas... sem empregada, vamos nessa, que não quero passar aperto. Tenho que confessar que o Tião (apelido do aspirador) é bom de serviço, só falta sugar a alma da gente. Amoremio, Tião e eu fizemos uma mega faxina na casa, só faltou benzer e jogar sal grosso. Jogar sal grosso em carpete pro Tião aspirar depois não faz sentido.

Parenteses pra falar do dono da casa, mister D, gente buoníssima, maior figura, fala pelos cotovelos, todo feliz e animado, a esposa também é uma fofa. Ele construiu e se mudou para uma casa nova antes do Natal (nós nos mudamos depois do Ano Novo), pq essa casa era só 80% da "casa dos sonhos" dele... e agora ele tinha construído "A" casa dos sonhos. Nem quero imaginar o que possa ser isso. Dá medo. O fofo, simpático, falante, sociável, já nos convidou umas duas vezes, pelo menos, pra ir na casa nova dele. Tenho medo de ir e meus padrões se alterarem forever... abafa o caso! Bem, sempre que precisa a gente chama ele, e o cara vem cheio de sorrisos ajudar.

E, sempre tem umas coisinhas pra acertar, apesar dele (super organizado) ter deixado uma caixa-arquivo de "manual de instruções" da casa pra gente. Hora é a cortina automática da janela do hall principal que engasga e não quer mais subir... Contei que no segundo andar tem um cinema-teatro? Poisé, seu Zé. Com cortinas automatizadas que vedam completamente a luz para dar clima de cinema. Poisé... eu, pessoa bestificada e abestalhada com os confortos made in amerika. Aí o mister D veio, arrumou tudo (falha no controle remoto, era só trocar a bateria), ajudou a instalar a TV a cabo, mesmo pq... nem sonhando que a gente ia se entender com o armário (sim, é um armário) de fios, cabos, aparelhos de dvd e sei lá mais o quê que tem lá em cima).

Aí, pessoa boba aqui resolveu se livrar de umas "tralhas" que tinha pela casa e eu não sabia pra que servia. Quer dizer, eu sabia-imaginava que eram mangueiras de aspiradores de pó, mas cadê o motor?!? Além disso eu já tinha comprado o Tião, e não precisava daquelas coisas. Perguntei pro D se ele não queria levar elas pq a gente não estava usando. Juro, cara!, se fosse eu... tirava sarro de mim. Aquelas coisas eram sim do aspirador de pó. Em vez dele rir de mim, a latina ignorante, foi todo querido mostrar como funcionava tudo, já que a casa era autolimpante. Ah, sim... é isso aí, as paredes da casa "aspiram" o pó e levam tudo para um aparato na garagem.
Choque tecnológico - fase 1 - concluído com sucesso. 
Os donos, D&K, ultra fofos, ainda nos deixaram um monte de coisas na casa, pois sabiam que nossa mudança ia demorar a chegar. De jogos de pratos, copos, panelas até uma cafeteira nova. Tem como não amar tanta cortesia? Aliás, até agora todos os americanos tem sido amáveis, prestativos e sorridentes. O vizinho do lado também acabou de se mudar e já veio todo querido querendo fazer amizade, tem cinco meninas (help!). E o restante do pessoal, que encontro na rua, sempre cumprimenta sorrindo. Deve ser a tal receptividade sulista Zero queixa. 
Limpar e arrumar casa é um saco, claro, sempre foi e sempre será, mas... não posso me queixar. Tem sido bem mais fácil e rápido do que esperava. Do mesmo modo o quesito mais complicado: cozinhar  todo dia. Tirando o stress por não ter conseguido fazer um arroz decente (eu era boa nisso, juro!)... que foi resolvido do modo mais prático possível: com a aquisição de uma panela elétrica. 
O que mais "resisti" a usar, sei lá pq, foi a máquina de lavar louça. Estreiei ontem. Sei lá o motivo, mas nunca lembrava de comprar o sabão dela, então... ia tudo na mão mesmo, no método Amélia. Claro que tem umas coisas que não entendo, tipo ter carpete na sala da lareira que é grudada na cozinha. Grudada do tipo: tudo junto, sem uma parede separando. Sorte que os donos deixaram aqui um sofá velho (fofos master) pra gente, pois eu que não vou comprar sofá pra ficar cheirando a gordura. Ok, o exaustor é bom, funciona que é uma beleza, e tem uns mega filtros pelas paredes da casa, mas... acho muito estranho carpete ali. Quer dizer, é claro que vai engordurar, só acho. 
A mudança chega amanhã, bem antes do previsto. Nem consigo acreditar! Até agora temos nos virado bem graças às  coisas deixadas pelos donos e pelas "heranças" da C e da L (esposas de colegas do F, que viveram aqui antes). Ganhei de bicama, roupa de cama, trocentas louças de cozinha a cadeiras pra varanda, que no momento são usadas pra ver tv lá no cinema do segundo andar. Obrigada por tudo!
Devo ter mesmo o bumbum virado pra lua. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Enfim 2015.

Tô viva, tô bem, tô no Alabama.
Ainda sem tempo para sentar e escrever com calma algo que preste. Nesse meio tempo só deu pra dar oi no Faces e no Insta pra provar que estava viva.
Por enquanto tudo ok.
Conto os detalhes depois... mas, só digo uma coisa: eu e doña Inaie! nos escontramos em Vegas, Las Vegas. Sim...  e foi melhor do que bom!


Fiquem aí, imaginando horrores.
Volto mais tarde. E feliz 2019 pra todos nós (msm pq 2015, 2016, 2017 e 2018 foram pro brejo com a reeleição da D-coisa).
Beijokas!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Atualizando novembro...


Deu tudo certo.
Famiglia veio e o findi foi uma deliciosa correria. Mamily comemorou o niver na nossa Paris do cerrado (Daniel Briand - pesquisem no pai google) e foi bom apesar de morrermos de desgosto, com a repaginada que deram no chá da tarde. Antes era melhor, nenhuma de nós gostamos. Por outro lado... até que  a decepção(zinha) valeu, conseguimos desapegar do lugar. Adieu!
O churras de fim de ano do trabalho do maridex entrou para a lista do pior da vida. Sério, quando ele foi repetir... já tinham retirado a carne. Acabou tudooooo! Fora isso, a turma é pequena e legal e a companhia vale mais do que qualquer pedaço de carne. 
Baby two amou o niver, de verdade! Incrível. E ninguém passou mal no restaurante, a comida veio com pouco tempero, ufa. Até o bolo, que foi comprado ali, na hora, numa confeitaria do shopping agradou a todos.
As boas notícias seguem...
Processo de adaptação do aparelho auditivo da baby one quase chegando ao fim... ela está co-me-çan-do  a lidar melhor com o dito. Conseguimos definir um modelo e o ajuste fino está quase ok. Aleluia!
Baby two fez endoscopia... quase morri esperando o pior. O estômago é o ponto fraco dela. Já teve até gastrite, aos 8-9 anos, quando moramos na Guatemala. Ela fica nervosa, preocupada, ansiosa... dale problemas no estômago. Dessa vez, a boa nova é que acabou a alergia à lactose e não tem gastrite... só o refluxo de sempre.  Está melhor do que bom pra mim, UFA. 
Fui no dentista, outra boa notícia... deu tudo certo na cirurgia que fiz mês passado, o bioss (acho que é assim que se escreve), osso sintético que usaram deu certo e parece que o problema de perda óssea no maxilar acabou. Não vai dar tempo de implantar um dente que perdi nessa brincadeira (dane-se), mas os outros já estão sãos e salvos. 
Enfim foi assinado o contrato com a empresa de mudança, e está tudo ok. Foi, como se diz no sul, "em cima do laço" mas...  faz parte. Licitações... aff. Sabe aquela história de estar sempre com o botão "com emoção" ligado. Pois é. 
Teve reunião da comissão de formatura da baby one, para escolha das mesas do baile... e por algum motivo estranho (acho que) conseguimos boas mesas. Tipo assim: inacreditável já que éramos o 85 da lista para escolha. Ainda gastei todo meu espanhol ajudando um casal de bolivianos que estavam perdidos ali. Meu povo, eu ainda sei usar os pronomes corretamente, eh! Deu orgulho de mim mesma, rs.
Sobre o baile. Virei  a nova vilã da parada, baby one odiou mortalmente o vestido e disse pras coleguinhas que eu a obriguei a comprar aquele. Ok, a tiazona legal agora é a nova bruxa. Em minha defesa só posso dizer que ela tem 17 anos e cabeça de 71, aliás.. de uma madre superiora de 71 anos em 1771! O vestido é lindo, e foi o melhor custo-benefício que consegui encontrar, já que pessoinha tem por praxe não gostar de nada nem se dignar em procurar nada! Não ia gastar mil, dois mil, três mil reais num traje que vai ser usado num festa, mesmo pq não tenho esse dinheiro. Aliás nem se  tivesse... Estou contando os dias pra ela chegar na festa, lacrar total, e então vamos ver se a mãe megera aqui sabe ou não escolher vestido. Na boa, estou morrendo de dó da dona da loja, está praticamente refazendo o vestido pra agradar baby one, e ainda assim a praga fica com aquela cara de guria nojenta com um "não gostei" reluzindo na testa. Juro que se não fosse toda pressão de vestibular, mudanças e etc já tinha surtado e matado ela. Estou me segurando, não sei até quando, haja suco de maracujá na veia.  Aff X 1001. 
Ainda tem mil documentos a preparar... mil coisas a fazer... apesar de tudo acho que os astros estão se alinhando. Comecei a empacotar, já tem caixas pela casa. E como disse uma amiga querida, pensamento positivo e foco no que dá pra fazer, a hora exige um pouco de egoísmo... não dá pra dispersar energia.

Inté.
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